domingo, 29 de abril de 2012

A Rosa

Rosa Pereira Soares da Silva; sangue arretado correndo nas veias; pele branca, levemente enrugada; de poucos, longos, finos e lisos cabelos negros, caindo sobre os ombros pequenos e delicados da mulher; vinda do nordeste, fugindo dos trabalhos miseráveis; em São Paulo, trabalhando como doméstica; casada e com três filhos; não é lá de muita formosura; seus olhos são negros e grandes; lábios carnudos e rosados; nariz fino e pontiagudo; braços e pernas pequenos e magros; parece inclusive uma pequena raquítica; baixa estatura e de grande magreza; mas é tão frágil e delicada que é charmosa aos olhos de quem a vê; educada; inteligente e quieta sempre, Rosa deixa seu perfume por onde passa, mas para contradizer com seu jeito ingênuo e franzino...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

A chuva, o ritmo e o silêncio...

A chuva molhava o vidro da janela, castigando a relva verdejante do jardim, as folhas e flores quebravam com a força das gotas grossas e terríveis da tempestade, que engrossava com as lágrimas que caiam dos olhos da menina debruçada sobre o batente da janela... O gato acariciava as pernas da garota ronronando tristemente, os sons da casa ecoavam por sobre o silêncio da garotinha, a televisão de som longínquo, anunciando mais uma morte no caos urbano desligou-se, ouviu-se a movimentação de objetos metálicos, logo o silêncio absoluto, exceto pela chuva, tomou toda a casa, uma melodia sinuosa foi entoada por um saxofone e tomou tudo ali, as flores pareceram dançar, a chuva tornou-se mais fraca, o sol saiu, o jardim iluminou-se, a garotinha tornou a observar o lado de fora, enxugou as...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Mancebo...

A frente da porta de entrada havia um tapete com a seguinte inscrição "Seja bem-vindo"; quem pela porta passava de fato bem-vindo era, serviam-lhe chá, riam de suas piadas, serviam-lhe bolo, conversavam, perguntavam-lhe sobre a vida, diziam-lhe o quanto tiveram o prazer da visita, despediam-se e tudo ali voltava a ser como era antes... Havia tornado-se uma rotina, sempre os mesmos assuntos, as mesmas perguntas... Mas uma pergunta repentina levou a família, dona da casa, a um enorme conflito... "Onde coloco meu casaco?" Uma senhora perguntou, ela era riquíssima, da alta sociedade, sempre falando os prós e os contras das casas de suas "amigas" para outras "grandes amigas"... Para a família, em especial a mulher da casa, não ter uma resposta à...

domingo, 22 de abril de 2012

As crônicas das fadas continuam

Parei sim de atualizar aqui com os capitulos do The Faerie, mas vou deixar vocês sempre interados das novidades... Então vamos a uma pequena descrição do personagem John... Há uma outra na página PERSONAGENS ali em cima... Mas como disse, os personagens estão mais trabalhados, melhores e tudo mais... Vejam então como está esse rapaz! John é um garoto debochado, lúdico, esperto, quase um desses larápios que jogam cartas, tem um sorriso sapeca, e marcas de expressão que parecem esconder suas novas jogadas, seus cabelos e olhos são tão pretos que parecem ser filhos da noite mais densa... Por momentos John fala em incógnitas, deixa dúvidas no ar e as sela com seu sorrisinho inconfundível, novamente, ali estão... Sua testa enrugada, marquinhas de expressão ao redor dos olhos e dos lábios, dunas...

Uma crônica para refletirem

Um jovem rapaz perdido no deserto via sua vida passar em suas pálpebras que cobriam sua íris esverdeada, sentia a necessidade de algo beber, sabia que sem água morreria... Viu então ao longe um rapaz se aproximar, trazendo consigo amarrado a cintura um cantil cheio de esperança, quando o rapaz enfim ali passou o jovem pulou a sua frente, parecendo um maníaco ou simplesmente um homem que já não bebia água havia dias-Por favor... - Os lábios do jovem estavam tão secos que a sua fala já era prejudicada -Oh céus! - O rapaz saltou assustado para trás se esquivando do que ali parecia ser um indigente sujo e ladrão -Por favor... Dá-me de beber... Dá-me de beber... - Ele se ajoelhou implorando, assim o rapaz compadecido o emprestou seu cantil para que matasse sua sede... Assim ele agradeceu e despediram-se,...

Dois textos sem sentido

Aqui vão dois: Um para testar meus conhecimentos com palavras difíceis hehe -De fato seria interessantíssimo dizer que a vossa majestade tem ultimamente inflado o volume de minha bolsa escrotal - eu sussurrei -Desculpe, mas vosmicê disse algo? - Majestade perguntou -Oh não meu senhor... -Se não disseres eu derrubarei, com a extremidade do membro inferior, o suporte sustentáculo de uma das unidades de acampamento - Ele já parecia irritado -Não se irrite meu senhor, não precisas derrubar com intenções mortais -Tudo bem, dessa vez deglutirei o batráquio - Ele pareceu se acalmar - Mas quanto ao aumento salarial podes retirar o filhote de eqüino da perturbação pluviométrica -Sequer considerar a utilização de um longo pedaço de madeira que vou esquecer de tal fato! - Disse bufante- Preciso de...

Hunter Ghost - Capitulo UM

Estava escurecendo, Nicole já achava que aquela ideia era loucura, mas já estava perto de mais para desistir, estava tão frio que os três tremiam e andavam encolhidos, afinal, nunca foi comum haver nevascas no Brasil... Lucas já não sentia tanto o frio que fazia... Para ele o importante era que os três chegassem enfim ao seu objetivo, ficaram cerca de cinco anos pesquisando por aquilo, e quem diria que o que eles tanto procuravam estava bem ali, debaixo de seus narizes...    São Paulo, Brasil.               Desde que eram apenas crianças muita coisa mudou na terra, muitos falavam de aquecimento global... Mas quem diria que o que aconteceria seria exatamente o contrário... Muitas espécies se extinguiram, pois...

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