Suas mãos se agitavam, na
cadeira, tremiam, velhas, ossudas e pintadas de sardas escuras... Balbuciava,
olhava o nada, meio cego, ou talvez com os olhos já não mais materiais, não
levantou-se, não uniu-se ao grupo de idosos que recepcionavam as crianças, nem
sequer olhou para trás, desligou-se, sentado de frente para uma janela imensa
que dava ao jardim, lugar que não frequentava havia semanas, a colcha de
retalhos sobre as pernas tremia, suava, chorava, babava? O que quer que fosse estava
úmido e pálido; dormindo? Não... Estava atento, não se sabe a o que, mas
estava...
Elas
poderiam ter escolhido qualquer um ali, a senhora de cabelos alaranjados, que distribuía
balas, o velho ranzinza cujo desafio entre as crianças era...