quinta-feira, 28 de março de 2013

Infância

Adoro beber chá; detesto estudar funções; gasto histeria idiota jogando; legal mesmo: nunca olhar para Quitéria; resta somente tentar usurpar vocês. Xico Zélio...

quarta-feira, 27 de março de 2013

Nós vamo invadir sua praia! - Primeira parte

-Como assim não posso levar meu filho mais cedo? Aquele dia estava sendo um inferno no jardim de infância, Becky parecia ter acabado de limpar um pavilhão de exposição de carros monstro após uma explosão simultânea de óleo, e que após isso estivera na linha de frente em uma terceira guerra mundial... Ela costumava ser meiga, porém aquele dia seria difícil convencê-la de liberar qualquer um; enquanto conversava com um dos pais as crianças gritavam na porta atrás dela, os óculos estavam tortos e embaçados e uma mecha do cabelo pendia sobre o rosto, se movendo de acordo com sua respiração enfurecida, pelo vidro da porta era possível ver crianças flutuando, um deles estava sobre a mesa apontando uma pistola de desintegração para os colegas de turma enquanto vasculhava a bolsa de couro falso...

terça-feira, 26 de março de 2013

Chamas que ardem, chamas que apagam...

Suas mãos se agitavam, na cadeira, tremiam, velhas, ossudas e pintadas de sardas escuras... Balbuciava, olhava o nada, meio cego, ou talvez com os olhos já não mais materiais, não levantou-se, não uniu-se ao grupo de idosos que recepcionavam as crianças, nem sequer olhou para trás, desligou-se, sentado de frente para uma janela imensa que dava ao jardim, lugar que não frequentava havia semanas, a colcha de retalhos sobre as pernas tremia, suava, chorava, babava? O que quer que fosse estava úmido e pálido; dormindo? Não... Estava atento, não se sabe a o que, mas estava...             Elas poderiam ter escolhido qualquer um ali, a senhora de cabelos alaranjados, que distribuía balas, o velho ranzinza cujo desafio entre as crianças era...

-Mamãe?

-Mamãe? – Rompi o véu que me envolvia, que me envolvera durante tanto tempo, que me guardara, que me polira e transformara... Reneguei aquele meu pequeno mundinho, solitário, guardado por mamãe, cuidado e acariciado... Fugi por um instante do aconchego, do escuro, do barulho do vazio e das risadas longínquas de mamãe, da voz de papai, das músicas que embalavam-me... Dos sons do meu coração, dos sons do coração dela... Rompi com minha pequena visão, busquei a luz no final do túnel... Rompi o véu que me guardava, o véu que me educava. – Mamãe? – Eu gritei quando saí... Mas não havia mais ninguém, não havia nada além de luz, não havia nada além de imensos olhos, não havia nada além de sons, não mais corações, mas titaques, mas barulhos de maquinários; não estava mais quente, agora era tudo...

segunda-feira, 25 de março de 2013

Frustração - Momento Poético

Ao abrir uma embalagem de algum delicioso alimento sei que o último pedaço tem que ser o melhor momento. Delicio-me a cada mordida a expectativa crescendo em mim gostoso, cremoso recheio é você que deixei para o fim. Ritual de encerramento chegou a hora da felicidade, mas então percebo que o alimento não é como dizem na embalagem. Preparação desnecessária, a verdade vem à tona meu paladar detectou que esse recheio é de acetona. Mas que brochada decepcionante saber que tudo pioraria pois o sabor do último pedaço é o que fica o resto do dia. Por Karina Ribei...

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